ACÇÃO GEOLÓGICAS DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS (MODELO CÁRSICO)

PENSAMENTO

 

Quando um homem responsabiliza os outros pelo seu fracasso, é bom começar a responsabilizá-lo também pelos seus sucessos.

 

“Anonimo”

DEDICATÓRIA

Dedicamos este trabalho aos nossos familiares, amigos e colegas de uma maneira especial ao professor. E a todos aqueles que direta ou indiretamente contribuíram na elaboração deste trabalho.

 

 

AGRADECIMENTO

Agradecemos em primeiro lugar á Deus todo-poderoso, por nos ter dado vida e saúde. Aos docentes, pelo ensino que tem orientado e por serem docentes exemplares, por excelência.

Também agradecemos para todos aqueles que deram o seu contributo direta ou indiretamente para que este trabalho fosse uma realidade, o nosso muito obrigado.

 

 

ÍNDICE

PENSAMENTO..

DEDICATÓRIA..

AGRADECIMENTO..

INTRODUÇÃO.. 7

FACTORES CONDICIONANTES DA FORMAÇÃO DO MODELO CÁRSICO.. 8

FORMAS CÁRSICAS.. 10

FORMAS EXOCÁRSICAS.. 10

FORMAS ENDOCÁRSICAS.. 11

ASPECTOS CÁRSICOS.. 12

ASPECTOS DESTRUTIVOS.. 12

ASPECTOS CONSTRUTIVOS.. 13

CONCLUSÃO.. 14

BIBLIOGRAFIA.. 15

 

 

INTRODUÇÃO

Modelo Cársico é á paisagem formada por acumulação de calcário. A composição do calcário é o carbonato de cálcio, o calcário forma-se na bacia de sedimentação. A Espeleologia é Ciência que estuda as grutas e outros fenómenos cársicos.

O calcário é uma rocha sedimentar quimiogénica monominerálica, que se forma por precipitação de carbonato de cálcio. É muito abundante à superfície. O calcário tem muitas diáclases (fraturas sem movimento). A origem dessas diáclases está relacionada com processos de origem ou com processos tectónicos. Os factos de origem têm a ver com a própria formação da rocha por consolidação (perda de água) e alívio de pressão com erosão das rochas que estão por cima, levando à sua fracturação. Os processos tectónicos estão relacionados com os fenómenos globais de movimentação das placas tectónicas.

É a circulação da água da chuva por essas diáclases que leva ao seu progressivo alargamento, dando origem a formas de relevo características das regiões calcárias: o Relevo ou Modelo Cársico. A carbonatação resulta em bicarbonato de cálcio dissolvido na água. A circulação das águas nas diáclases leva à dissolução do calcário.
CaCO3 + H2CO3 Ca2+ + 2HCO3.

Por este processo, as fendas vão se alargando e ligando umas com as outras, levando à formação de largos canais subterrâneos por onde se dá uma intensa circulação da água. Dum modo geral, as grutas correspondem a zonas alargadas destes rios subterrâneos.

Morfologia cársica. Consiste nos modelos próprio das regiões cujas rochas são susceptíveis de sofrer erosão por dissolução, geralmente maciços calcários.

O termo cársico que define uma região calcária onde são abundantes os fenómenos de solução dos calcário nos aspetos do modelado cársico, deriva de Karst, Toponimo alemão de uma planalto calcário na antiga Jugoslávia, onde são evidentes os referidos fenómenos de dissolução.

 

FACTORES CONDICIONANTES DA FORMAÇÃO DO MODELO CÁRSICO

Para a formação dos modelos cársicos existem alguns factores fundamentais que são:

  • Um clima com abundante pluviosidade
  • Vegetação abundante
  • Formação calcária extensiva
  • Gradientes hidráulicos apreciáveis

 

Um clima com abundante pluviosidade é o volume (quantidade) de chuvas, que ocorre numa determinada área (cidade, bairro ou região, por exemplo) num determinado período de tempo (dia, mês ou ano).  A pluviosidade é um componente muito importante na composição do clima de uma região. Ela tem grande influência nas temperaturas e índices de umidade do ar das regiões. O Índice Pluviométrico é uma medição da quantidade de chuvas numa região num determinado período de tempo. Esse índice é determinado pelo Sistema Internacional de Unidade. Neste sistema, 1 milímetro equivalente a um litro de água de chuva por metro quadrado. Esse índice é calculado em milímetros (mm). Por exemplo: o índice pluviométrico anual da cidade de São Paulo é de 1.440 mm. O índice pluviométrico (pluviosidade de uma área) é calculado com um instrumento de medição meteorológica chamado de pluviômetro.

Vegetação abundante é um termo geral para a vida vegetal de uma região; isso se refere às formas de vida que cobrem os solos, as estruturas espaciais ou qualquer outra medida específica ou geográfica que possua características botânicas. É mais amplo que o termo flora, que se refere exclusivamente à composição das espécies. É o conjunto de plantas nativas decerto local que se encontram em qualquer área terrestre, desde que nesta localidade haja condições para o seu desenvolvimento. Tais condições são: luminosidade, calor, umidade e solos favoráveis, nos quais é indispensável a água.

Além de possibilitar a existência da vegetação, esses fatores também condicionam suas características. A vegetação suporta funções críticas na biosfera, em todas as possíveis escalas espaciais. Primeiro, a vegetação regula o fluxo de numerosos ciclos biogeoquímicos  (ver biogeoquímica), mais criticamente as de água, de carbono e nitrogênio, além de ser um fator importante nos balanços energéticos. Esses ciclos são importantes não somente para os padrões globais de vegetação, mas também para os de clima. Em segundo lugar, a vegetação afeta as características do solo, incluindo seu volume, sua química e textura, por meio da produtividade e da estrutura da vegetação. Vegetação é também extremamente importante para a economia mundial, em especial no uso de combustíveis fósseis como fonte de energia, mas também na produção mundial de alimentos, madeira, combustível e outros materiais.

Talvez o mais importante, e muitas vezes esquecido, na vegetação global (incluindo para algumas comunidades) tem sido a principal fonte de oxigênio na atmosfera, permitindo que o sistema de metabolismo aeróbico evolua e persista. Finalmente, a vegetação é psicologicamente importante para o homem, que evoluiu quando em contato direto com a dependência da vegetação, através de alimento, abrigo e remédios.

Formação calcária extensiva os calcários, na maioria das vezes, são formados pelo acúmulo de organismos inferiores (por exemplo, cianobactérias) ou precipitação de carbonato de cálcio na forma de bicarbonato, principalmente em meio marinho. Também podem ser encontrados em rioslagos e no subsolo (cavernas).No caso do calcário quimiogénico, a formação é em meio marinho: a calcite (CaCO3), é um mineral que se pode formar a partir de sedimentos químicos, nomeadamente íons de cálcio e bicarbonato: Cálcio + Bicarbonato → CaCO3 (calcite) + H2O (Água) + CO2 (dióxido de carbono). Isto acontece quando os meios marinhos sofrem perda de dióxido de carbono (devido a forte ondulação, ao aumento da temperatura ou à diminuição da pressão). Deste modo, para que os níveis de dióxido de carbono que se perdeu sejam repostos, a equação química começa a evoluir no sentido de formar CO2, o que leva também a formação de calcite e assim à precipitação desta que, mais tarde, depois de uma deposição e de uma diagénese dá origem ao calcário.

Gradientes hidráulicos apreciáveis magnitude do vetor determinada pelo aumento do potencial de água por unidade de distância. Exemplo / Aplicação: Gradiente Gravitacional. Gradiente de pressão. Gradiente de saída. Gradiente de velocidade. Gradiente crítico: Aquele que, se excedido, faz com que o material solto comece a ferver onde ocorre um vazamento.  Permeabilidade dos corpos consiste em uma propriedade dos corpos de permitirem, com maior ou menor facilidade, o escoamento de água através dos seus poros. Já a permeabilidade dos solos consiste, basicamente, em medir a velocidade de percolação da água em uma determinada amostra, considerando-se em escoamento laminar, considerando-se a temperatura no momento da análise.

 

FORMAS CÁRSICAS

Existem dois tipos de formas cársicas denominadamente: forma exocársica e forma endocársica.

FORMAS EXOCÁRSICAS

Lapíás São as rochas carbonatadas que encontramos este tipo de paisagem.
O calcário é uma rocha sedimentar quimiogénica que se forma por precipitação de carbonato de cálcio. O calcário apresenta uma rede de fracturas a que se dá o nome de diáclases.

 

 

Dolinas depressões pouco profundas, mais ou menos circulares, com diâmetro variando entre a dezena e a centena de metros. O fundo é revestido de um solo argiloso de cor avermelhada (“Terra Rossa”) resultante da acumulação das impurezas dos calcários não dissolvidas pela acção da águ a da chuva.

 

Uvala depressão resultante da junção de dolinas.

Polje Grande depressão aplanada resultante de grandes abatimentos de origem, em geral, tectónica. Durante o Inverno é comum os poljes transformarem-se temporariamente em lagos, resultantes da subida do níve l das águas que circulam em profundidade. Estas sobem e voltam a infiltrar-se pelos chamados “sumidouros”.

 

 

Hum pequeno relevo abrupto isolado e disperso que se pode encontrar no interior de um polje.

Ponor fenda ou orifício lateral ou no fundo que alimenta um polje durante a época chuvosa que serve de escoamento das águas na estação seca.

Vale Sego desemborca numa zona onde a circulação atinge um sumidouro e passa a ser subterrânea.

Vale de canhão também chamado de canyon é um vale de vertente abrupta escavas em falhas ou em grande diáclases e, alongadas por dissolução e erosão, no fundo das quando pode circular um rio.

Abrigo cavidade que se abre numa frente rochosa, apresentando dimensões variáveis e sem formar uma galeria.

FORMAS ENDOCÁRSICAS

Algar Poços naturais, por vezes muito profundos, na ordem da centena de metros na vertical, através dos quais as águas de escorrência superficial descem para as camadas mais profundas, alimentando os rios subterrâneos. À superfície o seu diâmetro varia de alguns decímetros a 1 ou 2 metros. (entradas na gruta na vertical).

 

 

 

Lapas gruta de acesso e desenvolvimento essencialmente horizontal, sendo constituído por galeria de várias formas e dimensões. Exsurgência nascimento pela qual as águas cársicas, que circular através dos calcários e margem para o exterior. Podendo apresentar caudais muito irregulares ao longo do ano.

Ressurgência nascente pela qual a água de um rio que, previamente, entrou no interior do Marciço cálcico por intermédio de um ponor, e margem para o exterior.

 

ASPECTOS CÁRSICOS

Existem dois aspectos cársicos que são destrutivos e construtivos.

ASPECTOS DESTRUTIVOS

O termo «clástico», ou «detrítico», é empregue nas ciências da terra para descrever os processos sedimentares e de transporte, aplicando-se tanto para referir-se às rochas sedimentares como as partículas que constituem o constituinte. Os termos relacionados são utilizados no contexto do transporte de água, e a descrição dos processos de formação de depósitos de água.

A origem dos clastos pode radicar-se numa multiplicidade de processos físicos-químicos, sendo eles apenas apresentando-se em uma capacidade de provocar uma desagregação mecânica das rochas e dos minerais, gerando fragmentos que podem ser transportados e reincorporados em novas rochas. Entre os processos clastogénicos destacam-se a erosão e a meteorização , que ao provocarem uma degradação generalizada das rochas expostas, favorecem a sua desagregação e a produção dos clastos, e os processos tectónicos de formação crustal ( cataclásticos ) que por compressão ou descompressão geram as rochas como clásticas são como as falhas e as múltiplas rochas e minerais que estão associadas.

Ensaios genéticos e enquadramento geológico totalmente diversificado, os ambientes associados ao vulcanismo podem ser fontes de recursos naturais, através dos mecanismos de ejecção de produtores de piroclastos como as bagacinas e os pomores de pedra , através dos mecanismos de fragmentação mecânica e de transporte sedimentar está associado a erupção de navios, em vez dos laços e os principais movimentos de vertente. Embora os ambientes vulcânicos em processos de fragmentação, transporte e subtração são ditados por forças mecânicas que não são como os habituais processos de erosão e meteorização, ainda assim as ocorrências podem ser geralmente consideradas como sedimentares, embora obviamente uma especificidade que resulta do vulcanismo subjacente.

Dada a grande diversidade de ambientes e mecanismos de formação, e uma diversidade de materiais protolíticos originais, uma classificação das rochas clásticas apresenta uma grande variedade que deve ser tida em conta. Já quando foram feitas, estas notas nem sempre são consensuais. Para além disso, existe uma dificuldade de se determinar quando o processo é transformador é importante para considerar-se

ASPECTOS CONSTRUTIVOS

As formas de reconstrução originam-se da deposição do carbonato de calcário que circula juntamente com á agua que escorrer ou goteja nas grutas. As formas de construção mais interessente são a estalactites e estalagmites.

Estalactite: formação que cresce do tecto da galeria para baixo. As gotas dissolvem o carbonato de cálcio e transportam-no. Assim que a gota de água encontra um obstáculo, por acção da força da gravidade, cai e larga o carbonato de cálcio, formando a estalactite.

Estalagmite: formação que cresce da base da galeria para cima. as gotas que caem do tecto da gruta trazem ainda algum carbonato de cálcio e depositam-no na base da galeria.

 

 

 

 

 

 

 

 

CONCLUSÃO

Depois de longas pesquisas e de acordo com as mesmas o grupo conclui que a origem diáclases cársicas tanto pode estar relacionada com processos de origem como com processos tectónicos. Os fenómenos de origem têm a ver com a própria formação da rocha por consolidação (perda de água) e alívio de pressão com erosão das rochas que estão por cima, levando à sua fracturação, e que estão relacionados com os fenómenos globais de movimentação das placas tectónicas. É a circulação da água da chuva por essas diáclases que leva ao seu progressivo alargamento, dando origem a formas de relevo características das regiões calcárias: o Relevo ou Modelado Cársico.

Ao cair, a água da chuva (H2O) dissolve o dióxido de carbono (CO2) existente na atmosfera, donde resulta a formação dum ácido fraco – o ácido carbónico (H2CO3) – que lhe confere uma ligeira acidez. Essa acidez é intensificada quando, ao circular pelo solo, a água dissolve os ácidos orgânicos aí existentes.

Como, os calcários são rochas fundamentalmente constituídas por um mineral a calcite (carbonato de cálcio – CaCO3) Sendo este mineral facilmente atacado pelos ácidos, dissolvendo-se, nos calcários, quando em contacto com as águas ácidas que neles circulam pelas diáclases, ocorre uma reação química característica, conhecida por carbonatação, da qual resulta bicarbonato de cálcio dissolvido na água. A lenta mas contínua circulação das águas pelas diáclases leva à dissolução do calcário.

 

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