O ABORTO

INTRODUÇÃO

 

A palavra aborto tem sua origem etimológica no latim abortacus, derivado de aboriri (“perecer”), composto de ab (“distanciamento”, “a partir de”) e oriri (“nascer“).  O aborto é a interrupção de uma gravidez. Ou é a expulsão de um embrião ou de um feto antes do final do seu desenvolvimento e viabilidade em condições extra-uterinas.

O aborto pode ser espontâneo ou induzido. São várias as causas e os motivos que podem levar a que uma gravidez seja interrompida, quer espontaneamente, quer por indução. O aborto pode ser induzido medicamente com o recurso a um agente farmacológico, ou realizado por técnicas cirúrgicas, como a aspiração, dilatação e curetagem. Quando realizado precocemente por médicos experientes e com as condições necessárias, o aborto induzido apresenta elevados índices de segurança.

 

 

 

TIPOS DE ABORTOS

 

Existem diferentes tipos de aborto entre eles destacamos os seguintes: Aborto Espontâneo, Aborto Induzido e o  Aborto Ilegal.

Aborto Espontâneo – Surge quando a gravidez é interrompida sem que seja por vontade da mulher. Pode acontecer por vários factores biológicos, psicológicos e sociais que contribuem para que esta situação se verifique.

Aborto Induzido – o aborto induzido é um procedimento usado para interromper uma gravidez. Pode acontecer quando existem malformações congénitas, quando a gravidez resulta de um crime contra a liberdade e autodeterminação sexual, quando a gravidez coloca em perigo a vida e a saúde física e/ou psíquica da mulher ou simplesmente por opção da mulher.

É legal quando a interrupção da gravidez é realizada de acordo com a legislação em vigor (ver legislação). Quando feito precocemente por médicos experientes e em condições adequadas apresenta um elevadíssimo nível de segurança.

Aborto Ilegal – o aborto ilegal é a interrupção duma gravidez quando os motivos apresentados não se encontram enquadrados na legislação em vigor ou quando é feito em locais que não estão oficialmente reconhecidos para o efeito. O aborto ilegal e inseguro constitui uma importante causa de mortalidade e de morbilidade maternas. O aborto clandestino é um problema de saúde pública.

COMPLICAÇÕES DO ABORTO.

Embora o aborto, realizado adequadamente, não implique risco para a saúde até às 10 semanas, o perigo aumenta progressivamente para além desse tempo. Quanto mais cedo for realizado, menores são os riscos existentes. Entre as complicações do aborto destacam-se as hemorragias, as infecções e evacuações incompletas, e, no caso de aborto cirúrgico, as lacerações cervicais e perfurações uterinas. Estas complicações, muito raras no aborto precoce, surgem com maior frequência no aborto mais tardio.

Se nos dias seguintes à intervenção a mulher tiver febre, com temperatura superior a 38ºC, perdas importantes de sangue, fortes dores abdominais ou mal-estar geral acentuado, deve contactar rapidamente o estabelecimento de saúde onde decorreu a intervenção.

Todos os estabelecimentos que prestam este serviço têm de estar equipados de forma a reconhecer as complicações do aborto, com pessoal treinado quer para lidar com elas, quer para referenciar adequadamente as mulheres para cuidados imediatos.

SEGURANÇA

Os riscos para a saúde envolvidos no aborto induzido dependem de o procedimento ser realizado com ou sem segurança. Os abortos legais realizados nos países desenvolvidos estão entre os procedimentos mais seguros na medicina. O risco de mortalidade relacionada com o aborto aumenta com a idade gestacional, mas permanece menor do que o do parto até pelo menos 21 semanas de gestação. Existe pouca diferença em termos de segurança e eficácia entre o aborto farmacológicos usando regime combinado de mifepristona e misoprostol e o aborto não-farmacológico (aspiração a vácuo) quando são realizados no início do primeiro trimestre (até 9 semanas de idade gestacional).

AS CONSEQUÊNCIAS DO ABORTO

Consequências físicas  –Na parte física, o aborto pode causar até mesmo a morte da mãe. Hemorragia, infecção uterina e infertilidade são complicações comuns em abortos clandestinos. Mesmo nos abortos realizados em hospitais (nos casos em que são permitidos pela lei) ainda há riscos.

Consequências emocionais – os diversos estudos têm comprovado que a mulher que pratica o aborto sofre emocionalmente a curto, médio e longo prazo (chamada síndrome pós-aborto). No início, vive a culpa, o conflito familiar, a solidão e o medo. Depois, muitas vezes, apresenta problemas com a maternidade, seja pela dificuldade para engravidar ou com abortos espontâneos recorrentes. E, com o tempo, apresentam maior tendência ao alcoolismo, à depressão, ao suicídio e ao uso de drogas.

CONSEQUÊNCIAS A LONGO PRAZO PARA A CRIANÇA NÃO DESEJADA

Muitos membros de grupos pró-escolha consideram haver um risco maior de crianças não desejadas (crianças que nasceram apenas porque a interrupção voluntária da gravidez não era uma opção, quer por questões legais, quer por pressão social) terem um nível de felicidade inferior às outras crianças incluindo problemas que se mantêm mesmo quando adultas, entre estes problemas incluem-se:  Doença e morte prematura; Pobreza; Problemas de desenvolvimento; Abandono escolar; Abuso de menores; Instabilidade familiar e divórcio; Necessidade de apoio psiquiátrico e Falta de auto-estima.

 

 

CONCLUSÃO

 

 

Após das pesquisas realizadas e em conformidade com as mesmas concluímos  que, As razões que levam a mulher a optar por um aborto são diversas e diferentes em todo o mundo. Uma das razões mais comuns é o adiamento da gravidez para um momento mais conveniente ou de forma a permitir focar energias e recursos nos filhos já nascidos. Entre outras razões pessoais estão a incapacidade em sustentar a criança, quer em termos de custos directos, quer em termos de custos indirectos derivados da perda de rendimentos ao ter que tomar conta da criança, a falta de apoio do pai, a vontade em proporcionar educação de qualidade aos filhos já nascidos, problemas de relacionamento com o parceiro, a percepção de ser muito nova para tomar conta de uma criança, desemprego, e não estar disposta a educar uma criança que tenha sido concebida como resultado de uma violação, incesto ou outras causas.

Alguns abortos são praticados como resultado de pressões sociais. Entre estas pressões estão a preferência por crianças de determinado sexo ou raça, a reprovação social de mães solteiras ou de gravidez na adolescência, o estigma social em relação a pessoas com deficiências, falta de apoios económicos às famílias, falta de acesso ou rejeição de métodos contraceptivos ou resultado de controlo populacional. Estes factores podem por vezes resultar em aborto compulsivo ou aborto selectivo.

 

BIBLIOGRAFIA

http://deviseditorawordpress.com

www.wikpediaenciclopedia.com

www.materiaabortoescola.com